domingo, 31 de julho de 2011

BEM-VINDOS A PAULISTA!

A Avenida Paulista está para São Paulo como Copacabana está para o Rio de Janeiro. Não dá para conhecer de fato nenhuma das duas cidades sem passear pelas famosas calçadas desses destinos turísticos.

Mas a Avenida Paulista é mais que turismo, é onde tudo acontece - ou pode acontecer - em São Paulo. Trabalho, comércio, lazer, cultura, gastronomia. O que precisar, no horário que quiser.

E tudo isso não só nos dois quilômetros dessa efervescente avenida. A região toda da Paulista guarda tesouros incontáveis. E é aqui que vamos conhecer os mais badalados, os mais secretos, os mais comentados e o mais importante: os mais baratos!

Nesse blog você vai descobrir opções de cultura e diversão a um preço viável. Sim, a região concentra edifícios e moradores nobres - com o dobro do PIB de outros bairros da capital. Mas isso não significa que é preciso gastar muito dinheiro por lá.

Paulista "na faixa" é possível sim! Se não for de graça, dá pra arrumar opções em conta!

Conhece algo do tipo? Então deixe sugestões nos comentários.

Bem-vindos!

JAZZ ESCONDINHO

Música com Juliana Godoy

Para os amantes de Jazz, a região dos Jardins oferece uma opção bem acessível e intimista. É o Syndikat Jazz Club! Ele fica escondidinho numa ruazinha do bairro e é frequentado pelos amantes desse estilo musical.

(imagem: divulgação)

A casa parece um clube nova-iorquino. Na parte da cima mesinhas, velas, e uma espécie de bangalô acolhem os convidados. Mas o tesouro fica mesmo na parte de baixo. É numa espécie de porão que acontecem os shows, bem intimistas, para no máximo 40 pessoas. Os músicos ficam bem pertinho dos pufes e almofadas, pedida perfeita para dar aquela esticadinha depois do jantar.

Para acompanhar a boa música, peça a panqueca syndikat, com ricota, espinafre e molho de tomate. O cardápio também oferece petiscos e pratos, que podem ser divididos. Para beber, várias opções de cervejas premium nacionais e importadas além de drinks tradicionais.

Serviço:
Syndikat Jazz Club
Rua Moacir Piza, 64 - Jardins
http://www.syndikat.com.br
Reservas: (11) 3086-3037
Formas de Pagamento: Diners | Mastercard | RedeShop | Visa | Visa Electron
Horário: De ter a sex a partir das 20h.
Sáb a partir das 21h.
Lotação: 100 pessoas
Gênero: Jazz/Blues
Tipo de bar: Música ao vivo

SEBOS NA REGIÃO DA PAULISTA

Literatura com Carolina Augusta


Há mais de 10 anos, o Sebo Corsarium está instalado na famosa Rua Augusta, em frente ao Espaço Unibanco de Cinema. Todos os tipos de livros são encontrados: literatura nacional e estrangeira, poesia, teatro, cinema, psicologia, filosofia, sociologia, crítica literária, história, artes, administração e ciências humanas em geral. Vale à pena dar uma passada por lá e conhecer o acervo.

"O que que a Paulista tem" recomenda:
O Sebo Corsarium Alfarrabista fica número 1492, loja 08 – Bairro - Consolação.
Tel.: (11) 3284 1214
Horários: seg a sex: 11h as 21h / sábados: 11 h ás 22h dom e feriados: 13 h ás 22 h.
Site: www.sebocorsarium.com.br

Outras opções de sebos e livrarias:
http://www.zadoque.com/maps/AvPaulista-110531-01.jpg



APARTAMENTO 80: A BALADA É QUASE EM CASA

Noite Paulistana com Gustavo Pelogia

Um antigo prédio residencial de oito andares na Peixoto Gomide guarda um segredo: há uma verdadeira festa no “apê” rolando lá no alto. É assim toda semana, de quinta a domingo, no Apartamento 80.

Moradores do duplex, três jornalistas se desviaram do caminho tradicional das redações e transformaram a própria moradia em lugar de festa. A área destinada aos artistas que se apresentam lá antes fora um quarto, que já recebeu gente das antigas, como Rogério Skylab, e da nova geração, como Ruy Castro e Nevilton.

A magia está justamente na simplicidade. Para entrar, é só chegar na porta do prédio e pedir as coordenadas. Um dos moradores recepciona quem vai para a festa, tanto na entrada do edifício, quanto ao chegar no apartamento.

Quadros de bandas internacionais decoram as paredes, um tapete delimita o palco. E nada mais faz a decoração do ambiente, que chega a receber 150 pessoas em uma noite.

Além deste espaço, uma grande sacada deixa o espaço livre tanto para quem quer assistir aos shows, quanto para quem quer apenas conversar. Poltronas e sofás espalhados pelos cantos ajudam na azaração.

Para beber, o básico do que se pode encontrar na região: cervejas, vodcas, rums e uísques, tudo dos mais populares entre jovens da classe média – assim como os preços, que seguem a linha da região (uma Heineken custa R$5, uma dose de vodca, R$8).

Em alguns casos, o sétimo andar também entra para a festa. Lá é de fato a casa dos três jornalistas. A festa pode se enveredar em meio a sofás, tv’s e tudo o que há em uma casa – com exceção dos quartos, sempre trancados. É como fazer uma festa em casa, sem se preocupar com os vizinhos ou arrumar a bagunça na manhã seguinte.

"O que que a Paulista tem" recomenda:
Apartamento 80 - Rua Peixoto Gomide, 65.

ALÉM DOS MODERNINHOS DA RUA AUGUSTA

Música com Gustavo Pelogia

Quem caminha à noite pela baixa Augusta sem rumo definido fica no mínimo curioso para saber o que há por trás da imensa cortina que protege a fachada do Hotseria! da bisbilhotagem alheia. A audição é puxada para a música eletrônica, ricocheteada nas paredes com grande eco.

Aberto em maio, o galpão é todo aberto, tem 400m2 e um pé direito de 7m. Após ser convencido pela belíssima hostess mexicana (com a qual é possível negociar o preço da entrada), os moderninhos tradicionais podem se decepcionar: a decoração destoa completamente das baladinhas mais famosas do pedaço, como Vegas, Tapas ou Fun House – embora o público seja uma mistura entre homos e heterossexuais, como nas outras casas. Na programação atual, às sextas e sábados, a casa recebe uma atração circense e mulheres não pagam a entrada.

Já os que esperam alguma diversidade no pedaço, podem estar com um achado em mãos: o clima praia predomina, porém existem separações “virtuais” dos ambientes. Uma mesa estilizada tamanho família abre o espaço, em cima de um deck de madeira. Uma jabuticabeira aparece em seguida, envolta de pequenas mesas e sofás. O terceiro ambiente é em frente ao palco, que também é usado como pista de dança e vai agradar aos narcisistas, que podem se admirar no espelho enquanto dançam. Quem gosta de se exibir também tem lugar, qualquer um pode extravasar no Pole Dance.

Durante o dia, o Hotseria! também é restaurante e happy hour. A mudança no ambiente entre os dois é feito pelas luzes, já que o longe bar é apropriado para as duas atividades. Também é uma boa opção para os gringos perdidos pela cidade, já que funcionários da casa falam francês, inglês e espanhol.

Entre as opções do cardário, os turistas também podem curtir o básico da gastronomia brasileira: o picadinho de filet mignon e a feijoada são duas boas pedidas. Entre os petiscos, bolinhos de arroz ou carne seca. As cervejas também são um toque a mais. Além das populares, a Paulistânia e a alemã Warsteiner estão disponíveis.

"O que que a Paulista tem" recomenda:

O Hotseria! fica na Rua Augusta, 1283. O local aceita reservas.

Mais informações: http://hotseria.com.br/


DE MULHER PARA MULHER, SEM VERGONHA!

Moda com Rafaella Brites:

Foi-se a época em que as pessoas de classe média e alta tinham vergonha de entrar em lojas populares como a C&A, Renner, Riachuello e Marisa. Há algum tempo, ser pego no flagra nesses locais era sinônimo de problemas financeiros. Se algum conhecido passasse por ali, o jeito era tentar se mimetizar em meio às araras e provadores.

Essa realidade começa o mudar no Brasil em 1999 com a vinda da rede espanhola Zara, que proporcionou um ambiente onde o cliente se sentia à vontade, sem ser importunado por vendedores insistentes e com uma quantidade enorme de opções (uma média de 70 novos produtos por dia). Ou seja, a nova Zara era um self-service da moda instalado em locais e shoppings de luxo.


As lojas Marisa existem no Brasil desde 1948 e há 3 anos apostam no fast-fashion, roupas de baixo custo com estilos vindos diretamente das tendências da moda.


A mais nova loja na Avenida Paulista é incrível. São 3 andares de com um conceito bem moderno, que deve ser adotado em breve nas outras unidades. Passeando por lá, encontramos looks bem legais pra nenhum stilyst botar defeito. Essa loja deu uma cara da uma cara nova para o local e acredito que impulsione outras marcas a se instalarem na região.

Fotos da última coleção:

Das fotos acima, a peça mais cara é R$ 69,90.

"O que que a Paulista tem" recomenda :

A nova loja Marisa é na Avenida Paulista, 1713. Vale muito a pena dar uma passadinha lá pra conferir o novo espaço.

SOBE E DESCE DO SALTO!

Moda com Rafaella Brites

Rasteirinha, sapatilha, salto 13, salto agulha, all star, chinelo, sandália plataforma. Difícil é escolher algo que esteja na moda, e caia bem para uma caminhada na Paulista. Nosso asfalto e calçada estão longe de serem nivelados a ponto de um passeio de salto alto ser ao menos agradável.

Segundo o figurinista Gerson Fragoso, que trabalha na região, existem alguns fatores a serem analisados na escolha do sapato adequado. Vamos lá…

O salto: Se a intenção for ganhar uns centímetros a mais, deve-se optar por saltos mais grossos, de madeira ou plataformas. Mesmo porque, a chance de estragar seu salto fino favorito em um desnível é grande.

A ocasião: A avenida paulista conta com diversas empresas como bancos, financeiras, consultórios e etc. Dependendo do compromisso, reuniões, entrevistas ou situações em que sua aparência será analisada, vale a pena investir em um salto. Se a caminhada até o local for longa, ainda existe a opção de ir com uma rasteira, carregar um salto na bolsa e uma quadra antes, vlut!

Está preso? O sapato correto para atravessar ruas e caminhar em calçadas com desníveis, precisa necessariamente estar preso ao pé ou não darão firmeza, podendo inclusive tornarem-se perigosos.

Atenção ao conselho, queridas Giseles: A pessoa precisa ter o bom senso de saber se o andar que o sapato proporciona é firme. O sapato mais "brega" é aquele que não sabemos usar. Quando altera muito o caminhar, visivelmente nota-se não é um sapato confortável.

Moda Flat: Cada vez mais os sapatos sem saltos são vistos como acessórios práticos, que podem ser escolhidos em modelos mais elaborados.

A escolha do sapato é fundamental para determinar o humor que a mulher estará no fim do dia. É possivel estar descalço sem nunca descer do salto.

Geisa Prudente - Enfermeira - Conforto para pegar o metrô e trabalhar

"O que que a Paulista tem" recomenda:

Duas lojas de sapatos com bons preços.

Via Lins Av. Paulista 807 Tel 3251- 0936

Di Fiori Av. Paulista 2.300 Tel 11 3258-5811



sexta-feira, 29 de julho de 2011

LIVRO PURO NA PAULISTA

Literatura com Carolina Augusta

O único Sebo da Av Paulista, fica escondidinho. Isso mesmo, escondidinho, no segundo andar de um predio, na esquina com a rua da Consolação. Ao entrar no Livro Puro, que deveria se chamar “La dance”, como diz seu dono, você tem a sensação de estar num daqueles sebos de filmes. Além de parecer um labirinto de páginas, dentro do pequeno grande espaco, o senhor Jonilson Sena abriga mais de 22 mil exemplares. Isso porque, segundo ele, já faz mais de um ano que não reconta o acervo.

O silêncio do lugar entra em contraste com a barulhenta e mais famosa avenida da grande metrópole. Talvez por cercar todos os espaços da sala, os livros abafem o som vindo de fora, deixando ali um ambiente propício para os apreciadores e leitores. No meio da sala está a mesa do dono, que vive há 13 anos no mundo das palavras. Segundo ele, o Livro Puro "é um lugar para raros. Se fosse no primeiro andar, e tivesse uma vitrine, todos entrariam, procurando baboseiras ou até mesmo só por curiosidade. E para mim, os livros são mais do que isso, e devem ser tratados como peças de antiquário”. Então tá bom, seu Jonilson.

Enquanto conversávamos, entra uma estudande de cursinho procurando “Amarike” , um Romance de Ana Mirando. Pergunto a ela como chegou até o sebo e qual motivo da compra do livro. “ Eu já venho aqui a mais ou menos um ano, sempre encontro o que quero. Dessa vez, foi por causa do vestibular e preciso desse livro”, disse Talita.

No Livro Puro tem opções para todos. Humanas, exatas, literatura estrangeira, artes, auto-ajuda e até mesmo livros recentes e que já esgotaram nas grandes livrarias. “ Não fazem parte da nossa cultura os sebos. Mesmo que tenha um público fixo, ainda não temos a “grandiosidade” que uma livraria pode oferecer. Por isso, não me importa que poucas pessoas venham até aqui. Vai incomodar o dia que eles não vierem mais", diz o dono.

Garimpando as estantes do Livro Puro encontrei várias opções de até 10 reais. Aliás, acabei comprando um de uma das minhas autoras preferidas, Simone de Beauvoir. O exemplar foi publicado em 1968, chama-se “A Mulher Desiludida”. Sempre quis esse polêmico livro e fiquei satisfeita ao comprá-lo por apenas R$8,00 em ótimo estado.


Livros de Nelson de Sá, Shakespeare, Brechet, Machado de Assis e Veríssimo, entre outros, podem custar menos de R$ 10,00. Comprovado: Falta de dinheiro não é desculpa para falta de cultura.

Agora, para quem frequentava a Av. Paulista e só conhecia sebos nos arredores, já sabe onde ir!

"O que que a Paulista tem" recomenda:

O Livro Puro fica no número 2518, 2º andar, conjunto 21, em frente a Praça Francisco Miranda, esquina com a Rua da Consolação. Tels: 32571136 / 32550850. E-mail: livropuro@uol.com.br


LIVRARIAS E SEBOS...

Literatura com Carolina Augusta

Fonte: www.discolivros.com.br

Houve um tempo em que os livros eram produzidos à mão. Delicadamente, um a um ganhava forma e conteúdo, transformando cada edição em uma preciosidade. Com o desenvolvimento da imprensa, o número de livros cresceu absurdamente e em conjunto veio o surgimento de estabelecimentos dedicados a esse produto, um espaço comercial. As primeiraslivrarias surgiram no século XVI. Na Europa, colecionadores e estudiosos tornaram-se caçadores de exemplares raros e antigos. Assim nasceu a idéia de vender livros usados. Já no Brasil, durante o império, na metade do século XIX, quando as primeiras máquinas de impressão chegaram, já havia 50 livrarias no Rio de Janeiro e 10 em Salvador (dados retirados do wikipedia).

De onde vem a palavra“sebo”?
Pesquisando, descobrimos que “sebo” é uma palavra exclusiva da língua portuguesa. Quando os livros são mal conservados, adquirem com o tempo um aspecto "sebento", com acúmulo de pó e gordura sobre as capas, além dos sinais de envelhecimento nas páginas. Por muito tempo esse era um motivo que impedia a revenda de livros.

Apesar do nome soar “ruim”, os sebos de hoje em dia prezam muito pelas boas condições dos livros, até porque a demanda aumentou nos últimos anos. Além disso, aquele cenário dos filmes, em que as lojas estão sempre lotadas de estantes, com tudo bagunçado e uma iluminação precária, já era. Ao menos os sebos visitados pelo nosso blog estavam muito bem organizados. Os garimpeiros de raridades podiam se perder em meio aos livros e saírem bem satisfeitos.

Bom, agora você já sabe tudo sobre sebos. Nosso foco é a querida Av. Paulista, e, apesar do número maior de sebos estarem nas arredondezas, encontramos algumas lojas bacanas. Esse é o nosso espaço para indicações do que você pode encontrar de bom e barato.

MOSTRA DE CINEMA URUGUAIO

Cinema com Marcella Grecco

Durante toda a semana de 25 a 29 de julho, o Instituto Cervantes, em parceria com o Consulado Geral do Uruguai, apresenta a Mostra de Cinema Uruguaio. Composta por cinco dos filmes mais comentados da nova geração do cinema do país, as sessões são sempre às 19:30h e gratuitas. O cinema latino americano tem recebido críticas muito positivas na grande maioria dos festivais mundo afora . Uruguai, Argentina e Brasil são sem dúvida os países que mais se destacam. Apesar de possuírem diretores chamados “transnacionais”, que produzem filmes em parceria com outros países, nota-se uma integridade cultural.
No Uruguai, a temática bastante recorrente no cinema é a ditadura militar sob a qual o país viveu durante os anos 70 e 80 e que recebe um incrível recorte no longa “El Círculo”, de José Pedro Charlo e Aldo Garay.
Outros diretores tem explorado um lado menos pesado da história e esbanjado muita criatividade, recebendo importantes prêmios, como a tragicomédia co-produção com o Brasil, “O Banheiro do Papa”, em cartaz na mostra.
Vale a pena dar uma passada no Instituto Cervantes e assistir a um dos filmes. Além de geniais, são excelentes amostras de como o cinema latino-americano cresceu e ainda vai crescer.

Serviço:
- 25/07 às 19:30h
Whisky, de Juan Pablo Rebella e Pablo Stoll
Sinopse: Jacobo vive sozinho em Montevidéu e sua única alegria é a fábrica de meias que herdou da família. A visita inesperada de um irmão que vive há anos no Brasil desperta uma estranha rivalidade e sentimentos inusitados.
- 26/07 às 19:30h
O Banheiro do Papa, de César Charlone e Enrique Fernández
Sinopse: Pequena cidade na fronteira do Uruguai se prepara para a visita do Papa João Paulo II. A mobilização é intensa e o filma acompanha Beto e a sua idéia de construir um banheiro coletivo.
- 27/07 às 19:30h
Jamás Leí a Onetti, de Pablo Dotta
Sinopse: Documentário em homenagem ao escritor uruguaio Juan Carlos Onetti (1909-1994).
- 28/07 às 19:30h
Gigante, de Adrián Biniez
Sinopse: Através das câmeras de segurança de um supermercado em Montevidéu, a paixão de um segurança grandalhão por uma jovem mulher da limpeza se transforma em obsessão.
- 29/07 às 19:30h
El Círculo, de José Pedro Charlo e Aldo Garay.
Sinopse: Documentário sobre o neurologista Henry Engler Golovchenko. A trama aborda um lado curioso da vida do médico quando, durante a ditadura militar, lutava pelo grupo guerrilheiro Tupamaro.

“O que que a Paulista tem" recomenda:
Cinema de qualidade e grátis no Instituto Cervantes, na Av. Paulista, 2439.

ÚLTIMOS SUSPIROS DA MAIOR MOSTRA HITCHCOCK JÁ REALIZADA

Cinema com Marcella Grecco

É neste final de semana a última chance de conferir a Mostra Hitchcock que vem acontecendo desde junho no Centro Cultural Banco do Brasil e no CineSESC. Em parceria com o Ministério da Cultura, foram exibidos em torno de 54 longas-metragens, realizados debates e cursos gratuitos sobre o grande artista. No próximo dia 23 de julho a mostra chega ao fim e haverá uma programação especial no CineSESC: a maratona Hitchcock apresentará os filmes “Janela Indiscreta”, “Disque M para matar” e “Os Pássaros”.
Essa é uma oportunidade imperdível de assistir a clássicos do cinema na telona e em película. Mestre do suspense, Alfred Hitchcock dirigia seus filmes com técnica impecável e conduzia o público ao clímax ideal como ninguém. Foi ele quem construiu grande parte da linguagem do gênero e hoje é tido como influência por diversos cineastas, desde Martin Scorsese a José Mojica Marins. Apesar do tempo, seus filmes continuam extremamente atuais e impactantes. Em mais de 50 anos de carreira, manteve-se firme na tênue linha entre o clássico e o popular.
Cenas como a famosa morte no chuveiro em “Psicose”, a dos pássaros revoltos em “Os Pássaros” ou a da queda na espiral em “Um corpo que cai” fazem parte da bagagem cultural de muitos marmanjos e jovem amantes do cinema. Para Hitchcock, o cinema era, antes de tudo, visual e seus filmes são construídos por uma justaposição perfeita de imagens. As narrativas tinham por força motriz a emoção e a meta principal era envolver o espectador a ponto de fazê-lo esquecer que tudo não passava de ficção.

Onde ver a Mostra Hitchcock:

CineSESC
23/07
- 21:30h - Janela Indiscreta, EUA, 112min, 12 anos
Elenco: James Stewart, Grace Kelly, Wendell Corey, Raymond Burr, Thelma Ritter, Judith Evelyn, Ross Bagdasarian, Georgine Darcy, Sara Berner, Frank Cady, Jesslyn Fax, Rand Harper, Havis Davenport
Sinopse: Imobilizado em casa, repórter passa a observar através de binóculos a vida dos vizinhos no apartamento em frente ao seu. Ao acreditar ter presenciado um assassinato, conta para sua namorada, Lisa, e juntos tentam desvendar o mistério.
- 00:00h - Disque M para Matar, EUA, 105min, 16 anos
Elenco: Ray Milland, Grace Kelly, Robert Cummings, Anthony Dawson, John Williams, Leo Britt, Patrick Allen, George Leigh, George Alderson, Robin Hughes
Sinopse: Marido planeja matar a esposa infiel e ficar com o dinheiro da herança. Para isso chantageia um homem para estrangulá-la em casa, porém, as coisas não saem como planejado.
- 02:00h - Os Pássaros, EUA, 119min, 14 anos
Elenco: Tippi Hedren, Rod Taylor, Suzanne Pleshette, Jessica Tandy, Veronica Cartwright, Ethel Griffi es, Charles McGraw, Doreen Lang, Ruth McDevitt, Joe Mantell, Malcolm Atterbury
Sinopse: Pequena cidade isolada na Califórnia sofre com uma estranha onda de ataque de pássaros.

"O que que a Paulista tem" recomenda:
Assistir a Hitchcock por apenas R$4,00 a inteira e R$2,00 a meia. O CineSESC fica na Rua Augusta, 2075.


terça-feira, 19 de julho de 2011

MUITO ESTILO...

Cinema com Marcela Grecco

Toda semana os cinemas da região da Avenida Paulista lançam filmes. Mas hoje é preciso falar sobre um longa especial que já está há algum tempo em cartaz. O destaque é o diretor, um cineasta que transita tranquilamente entre o cult e o pop, que produz cinema autoral em escala industrial, que possui um dos mais variados públicos e costuma lançar novos talentos em suas produções.
Woody Allen não cansa. Há mais de 40 anos faz cinema sem parar. É diretor, roteirista, ator na grande maioria de seus filmes e acumulou ao longo de sua carreira alguns Oscars, Globos de Ouro e BAFTAs, sempre muito merecidos. No melhor estilo de um cinema autoral, todos sabem quando estão de frente com um trabalho de Allen: diálogos sagazes e sarcásticos, piadas com humor refinado e dilemas da vida e do amor como temática central. Poucos escrevem como ele.
No atual momento do cinema, onde efeitos especiais e piadas banais sobre a vida cotidiana distraem a atenção do telespectador, ele continua apostando em um roteiro rico e bem construído. Apesar de muitos afirmarem que ele vem dando algumas tropeçadas, nunca é perda de tempo assistir a um de seus filmes. Risadas sempre estão garantidas e, nos dramas, contamos com sábias palavras deste mestre resmungão.
O que seria hoje das comédias românticas se não existisse “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa”? Quem conseguiu transmitir tão bem os conflitos de um Dostoiévski no cinema como vemos em “Crimes e Pecados”? E fazer um elogio a Ingmar Bergman mantendo praticamente o mesmo nível como em “Interiores”? Só Woody Allen é Woody Allen.
Sorte nossa podermos assistir a tudo que ele produz. Então aproveite as férias e vá conferir “Meia Noite em Paris”. Sobre o filme, o nome do diretor já basta como argumento.

Serviço:
Meia Noite em Paris
(Woody Allen – EUA/ Espanha – 100 min. – 12 anos)
Genêro: Comédia Romântica
Elenco: Kurt Fuller, Owen Wilson, Marion Cotillard, Michael Sheen, Tom Hiddleston, Kathy Bates, Rachel McAdams, Gad Elmaleh, Carla Bruni, Nina Arianda, Mimi Kennedy, Corey Stoll, Manu Payet
Sinopse: Família viaja a negócios para Paris. Acontecimentos inesperados e o clima cultural da capital francesa despertam questionamentos.

Onde ver:
Cine Livraria Cultura
Reserva Cultural
Espaço Unibanco
Unibanco Artplex
Cinemark Paulista

"O que que a Paulista tem" recomenda:
No reserva cultural, às quartas-feiras, você só paga R$ 7,50 a meia entrada e ainda tem acesso a uma das melhores livrarias da região!